segunda-feira, 26 de junho de 2017

Greve Geral de 30 de Junho

"Sempre que estamos diante de um calendário de lutas, é possível alguém alegar algum motivo para se manter alheio: mais um dia pra "pagar", "vai comprometer o que sobrou do recesso",o "sindicato não faz nada", estou sendo manipulado por uma briga partidária... Eu poderia continuar a lista do que se escuta por aí!

De fato, greve não é um passeio, não é uma confraternização em que todos saem felizes! Greve é um enfrentamento a ordem, é uma subversão a regra, é suspender o calendário escolar! Então não é algo fácil de assumir e fazer! Vamos enfrentar os apresentadores de rádio e TV, bem remunerados pelo Governo Temer e pelos empresários, desqualificarem o movimento, enfrentaremos a alienação de colegas que não se vêm como classe trabalhadora (eles têm certeza de que estão acima dela apesar de receber uma das piores remunerações do mercado de trabalho!) e vamos ouvir que não adiantou nada!

Cada vez mais tenta-se esconder que cada direito que você tem hoje foi resultado de uma greve ou de várias: 13º salário, limite de jornada de trabalho, plano de carreira, Lei do Piso Salarial Profissional Nacional... também poderia continuar a lista! Nesta greve do dia 30 de junho, a pauta não é de conquista, é para não perdermos. Aí as vezes fica mais difícil ainda entender e participar, porque no jogo do capitalismo ele tenta nos ensinar que "só vale se eu ganhar". Nesta greve você não vai ganhar, vai lutar para não perder! E não perder vai significar uma enorme conquista!!!

Foi a nossa Greve Nacional da Educação, que depois se transformou num movimento de classe e não de categoria, que impediu a votação da Reforma da Previdência. Mas a Reforma Trabalhista corre o risco de ser aprovada. Ela atinge todo mundo: você, sua família, seus alunos, as famílias dos alunos! No serviço público corremos o risco da privatização, terceirização e de possibilidades de negociações abaixo do que a legislação nos protege hoje, entre outros ataques! Essa luta é por cada um de nós e pelas gerações futuras! A greve do dia 30 será suficiente? Provavelmente não! Possivelmente precisaremos fazer mais! Mas não fazer já é assumir a derrota! E a reforma da previdência pode ganhar fôlego para sua aprovação!

A verdade é que assumir o lugar de espectador não te livrará das consequências se estas reformas passarem. Me lembro, com as marcas que ficaram na minha alma, do que o Governo Anastasia fez em 2011. E foi pedagógico: retirou de TODOS os trabalhadores em educação o direito de adquirirem biênio, quinquênio, trintenário, adicional de desempenho e congelou a carreira. Isso atingiu todo mundo: quem lutou e quem não lutou! Quem fez 112 dias de greve e quem ficou como espectador! O espectador ajuda o opressor, contribui para a derrota, para a retirada de direitos!

Só os muito ricos ganham com país como está! Nós não pertencemos a este grupo! Então, temos muito o que fazer para impedir os retrocessos!

Desejo uma semana de intensas lutas pra gente! Greve geral 30 de junho!"

Beatriz Cerqueira






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sábado, 24 de junho de 2017

Plenária Regional de Filiados

Governador Valadares, 24 de Junho de 2017.

Plenária Regional de Filiados

CONVOCAÇÃO:

Convocamos os filiados ao Sind-UTE/MG, Subsede Governador Valadares, para  Plenária Regional coma seguinte pauta:
Eleição de delegados/as da Subsede para a Plenária Estadual da CUT/MG (Central Única dos Trabalhadores) que será realizada dia 15 de julho de 2 017.

Data: 28 de junho de 2 017

Horário: 17 horas

Local: União Operária, Rua São João, 558, Centro, Governador Valadares

Direção Regional Subsede Governador Valadares.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Quem luta, educa e conquista!


Quem luta, educa e conquista! Esse lema dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Minas Gerais vem sendo confirmado na prática com a sanção do acordo para que se alcance o valor do Piso Salarial Profissional Nacional.

Em 2017, a Rede Estadual de Educação fez Paralisação em 08/03, Greve Nacional da Educação entre 15/03 e 17/04, voltando às atividades laborais, mas permanecendo em Estado de Greve, para manter em discussão e vencer diversas pendências com o governo estadual, além de mobilização permanente contra o processo do Desmonte do Estado Brasileiro no plano federal, representado por:  Emenda Constitucional 95/16 (congelamento dos investimentos públicos nas áreas sociais por 20 anos), a revogação da Lei de Partilha do Pré-sal e o desinvestimento na Petrobrás, bem como seu fraturamento para venda ou concessão, em desfavor da indústria nacional, a lei de terceirização irrestrita, o projeto de desmonte do sistema de Seguridade Social, iniciado pelas propostas de “reforma” trabalhista e previdenciária. Participou também da maior Greve Geral da História do Brasil, em 28/04, com cerca de 40 milhões de trabalhadores se mobilizando pelo país, além do Ocupe Brasília, com paralisação em 24 e 25 de maio, com manifestação de cerca de 300 mil trabalhadores na Capital Federal e em diversas cidades do País.

O acordo assinado em 2015 estabeleceu a política salarial para se chegar ao pagamento do Piso Salarial em Minas Gerais:

*1ª etapa*: abono correspondente a 13,06% pago a partir de junho de 2015 e incorporado em junho de 2017.

*2 ª etapa*:  reajuste anual anunciado pelo Ministério da educação em janeiro de 2016, de 11,36%.

*3 ª etapa*: abono correspondente a 8,21% pago a partir de agosto de 2016 e incorporado em junho de 2017.

*4ª etapa*: novo reajuste anual de 7,64% anunciado pelo MEC em janeiro de 2017.

*5ª etapa*: abono correspondente a 7,72% a ser pago a partir de agosto de 2017.

*6ª etapa*: novo reajuste anual que será anunciado pelo MEC em janeiro de 2018.

*7ª etapa*: incorporação do último abono em julho de 2018.

A lei estadual 22.062/16 implicou na aplicação do reajuste anual de 11,36% anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) em janeiro de 2016.

O compromisso do governo é enviar o projeto de reajuste de 7,64% a partir de janeiro no início de junho, de forma a iniciar o pagamento em julho.

A proposta de parcelamento dos retroativos não foi aceita pela Assembleia Estadual dos Trabalhadores em Educação que a avaliou e, o governo ainda não apresentou nenhuma alternativa. A Direção Estadual continua cobrando nova proposta do governo.

O projeto também deverá trazer os valores a serem pagos em agosto (recebimento em setembro) do terceiro abono do acordo de 2015 (os dois primeiros devem ser incorporados  em Junho).

O ADVEB, que não foi pago em abril, conforme prometido, segundo o governo por uma pendência em nossa Constituição Estadual que não foi corrigida a tempo, está com projeto de PEC elaborado pelo deputado estadual Rogério Correia em tramitação na ALMG e, estamos acompanhando para cobrar celeridade deste e do citado acima. No dia 30/05, o projeto foi aprovado na ALMG.

O ADVEB com mudança na Constituição do Estado alterando uma regra do choque de gestão não foi qualquer coisa. Em 2003, o Sr. Aécio Neves retirou de 60% da categoria o direito de receber vantagem por tempo de serviço. Em 2011, o Sr. Anastasia retirou dos outros 40%. Em 2017, resgatamos o direito que todos perderam.

A aprovação da anistia com a suspensão do corte de pagamento, para a greve do setor administrativo que realizou 86 dias de paralisação de atividades em 2015, é inédita e vence a miopia de quem no governo quis punir greve ou "seguir o sindicato"! Quando e onde que projeto de lei, construído por sindicato, tem este resultado final?

Mais de 45 mil pessoas conquistaram nomeação em concurso público, na contramão da onda de desemprego que atingem quase 15 milhões de pessoas. Temos o compromisso de nomeação de mais de 15000 Trabalhadores em Educação neste ano, chegando a 23000 em 2017, além da realização de novos concursos em 2017, com prorrogação da validade do concurso de 2014 e, nomeações em 2018.

Mais de 4 mil pessoas doentes tiveram o vínculo restabelecido com o Estado, fruto da luta coletiva. Mesmo que fosse uma única pessoa já seria importante!

Problemas? Temos muitos! Mas eles não podem apagar a memória do que se conquista!

O reajuste é a partir de janeiro de cada ano e será aplicado no vencimento básico repercutindo no nível e grau que cada servidor da educação se encontra na carreira.

Também receberão o reajuste os aposentados com paridade.

Outra conquista importante é que será para as 8 (oito) carreiras da educação e não apenas para os profissionais do magistério.

Os servidores designados também recebem o reajuste!


Essas conquistas são fruto da organização e da mobilização da categoria e beneficiará cerca de 400 mil trabalhadores/as da educação e, é resultado também do empenho e esforço daqueles que fazem a luta coletiva.







Fontes: