sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Piso é para todos! Vamos conquistá-lo! Lute!

Por Prof. Waender Soares

Esta greve pode ser um divisor de água para a nossa carreira e entrar para a história de nossa categoria como vitória ou derrota; espero que tenhamos êxito! Tem vários questionamentos da categoria em relação à greve ou algumas pessoas estão dando uma de “João sem braço”, ou seja, de desentendido querendo informação sobre este piso e para outros esse tal piso.

A Lei 11738, de 16.07.08 do Piso Salarial Nacional é para todos da educação, mas são muitos que persistem em não entender, as desculpas para não aderir à greve são muitas: os designados alegando que o subsídio já contempla o piso, alguns efetivados ou concursados após o choque de gestão alegam que não tem vantagens pessoais (biênios, quinquênios e trintenários) e efetivos com vantagens apresentam as desculpas mais esfarrapadas como; “se é lei o governo vai cumprir” ( vai sonhando com papai Noel), “que é impossível alcançarmos o piso proposto pela CNTE”, “com greve nunca conquistamos nada”, etc.

Se analisarmos a baixa estima de uma parte da categoria daqui algum tempo estaremos ganhando salário mínimo. Só lembram-se das derrotas como a extinção de biênios e quiquênios, do corte do ponto da greve de 2003 (operação tartaruga) que fizemos reposição e não houve pagamento, etc. Mas esquecem das vitórias de nossa categoria, como a conquista do plano de carreira que leva em conta a escolaridade, até parece que esquecem também das mobilizações para termos o direito de sermos reposicionados na carreira. Antes do atual plano de carreira era um sonho antigo que parecia muito distante de ser conquistado e hoje é realidade. Antes do nosso plano de carreira o salário era pago pelo nível de ensino como o P1 ( professor de séries iniciais), P3 ( professor de 5ª a 8ª séries) e P5 ( professor do ensino médio). O salário do P1 era menor que o P3 e o P3 menor que o P5. As professoras das séries iniciais recebiam uma mixaria de salário e quem tinha dois cargos recebia bem menos no segundo.

O plano de carreira foi umas das maiores conquistas de nossa categoria, pois agora o trabalhador recebe pelo nível de escolaridade, assim quem tem dois cargos recebe pelo cargo e não tem desconto por ter dois cargos, podendo progredir na carreira. É bom lembrar que na carreira de vencimento básico a progressão vertical (nível) é de 23% e a progressão horizontal (grau) e de 3%, enquanto no subsídio é de 10% por nível e 2,5% por grau. Por isso devemos retornar a carreira de vencimento básico.

A Lei 11738, de 16.07.08 do Piso Salarial Nacional contemplará todos educadores, mesmo para quem for obrigado ficar com a remuneração por subsídio, que é a política do governo, pois na lei do subsídio não tem um índice de reajuste, o governo pode reajustá-lo em 0,00001% que estará legal. Com a implementação da lei do piso será diferente, pois o índice já está previsto em lei que utilizará percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, (2010 – 15,94% e 2011 – 21,62) cujos valores tendem aumentar com o aumento dos investimentos em educação como a nossa luta por 10% do PIB para educação.

Educadores vamos juntos resgatar nossa dignidade, nosso piso, nosso orgulho, vai ser bom para todos, caso contrário o governo vai passar seu rolo compressor e viveremos cabisbaixos e ai vai ser o piso do Anastasia que é o pisoteio em nossa categoria.

A HORA É AGORA!

O PISO É LEI!

FAÇA VALER!

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